quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O Estadista



Entrou em extinção no Brasil o Estadista, ou seja, o verdadeiro cidadão, aquele que se entrega a política de corpo e alma, passando a viver para a política por amor e olhos fixos no futuro como um bom visionário. É aquele sujeito desprendido, compromissado em servir o Estado, jamais aos homens, partidos, grupos e a si mesmo. Vive, dedica-se exclusivamente para a política ao contrário de nossos atuais políticos que vivem da política, fazendo dela seus meios de vida.

Sonhamos com um mundo melhor, um mundo onde a justiça social realmente aconteça, onde a diversidade cultural seja respeitada, onde a política pública social realmente se efetive na busca de aparar as arestas de um longo caminho percorrido de tempos idos, quando supostamente “descobriram’ o Brasil.

De lá para cá muitas coisas aconteceram, com passos lentos, diga-se de passagem, como por exemplo; o Brasil foi o último país da América do Sul a libertar os escravos, e até hoje existe “o risco da cor”. Fomos construindo um país camuflado de “bonzinho”,  criamos “o jeitinho brasileiro”, somos muito hospitaleiros e nos transformamos na terra do samba e do futebol, de mulheres bonitas, de sol, clima tropical.... e por último estamos num patamar de igualdade (em discussões na ONU) como um país rumo ao primeiro mundo!

Alguém poderia explicar então o que acontecessem com nossos políticos? Com aqueles que deveriam lutar bravamente pelo nosso povo e país? Se todos os dias aparecem nas mídias (todas) as falcatruas, roubo mesmo! dessas pessoas que abusam do poder. É incompreensível que um sujeito que não se preocupa com a política pública social que está capenga, que a educação vai de mal a pior com apologia a quantidade e não a qualidade, a saúde então nem se fala, embora o ex-presidente prometera que se necessário fosse a utilizaria, existe condições? Você pode imaginar como poderia ser o nosso país se tivéssemos políticos estadistas, que realmente está na função por ideal, que pertence ao grupo dos que sonham com um mundo realmente melhor?

Tínhamos a esperança nos partidos, que se denominam socialistas, que muito lutaram para chegar ao poder e dar uma vida digna para todos os cidadãos brasileiros, mas a decepção essa sim foi grande e veio a galope! Dos ideais primeiros de igualdade e justiça social, criaram um sistema ao seu redor e que espalharam para todo o Brasil, que antes condenavam e tratavam a ferro e fogo. Não temos O ESTADISTA, temos sim famílias inteiras no poder, cada região tem a sua. O povo amortecido e pego de várias formas, anestesiados, fica só a exclamar com admiração das roubalheiras e a inversão de valores corre à solta. As nossas crianças já acham que honestidade é defeito, pasmem! Quem antes lutava, organizava movimentos, informava a população, saia para as ruas, liderava greves, agora apascenta-se no poder e cala a boca de todos que tentam mostrar os erros, falcatruas e desvios políticos (estão tentando até calar a mídia, tirando a liberdade de expressão).

Em nosso município não se faz diferente, pois parece que se alastrou por todo o Brasil o não fazer política correta, e cada um quer tirar a maior fatia do bolo e saboreá-lo da forma que lhe aprouver, uns tem o apetite mais sagaz, parecendo que não se fartam nunca, outros rondam pela berlinda e acabam aceitando quando lhe é oferecido, uma fatia do bolo, é claro!

E Dourados continua com grandes crateras em suas ruas, com praças inacabadas e com os noticiários anunciando grandes verbas para a melhoria de nossa cidade. E dia após dia tudo vai acontecendo naturalmente, acabamos esquecendo que poderia existir o político estadista e os mais desavisados ficam a repetir: “é por isso que não gosto de política!” Como se fosse possível vivermos sem ela. Na verdade o que temos que resgatar, se um dia existiu, é a integridade no governar, o pensar coletivo na prosperidade e compromisso em transformar a nação, onde possamos nos ufanar de sermos brasileiros.

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