quinta-feira, 19 de maio de 2011

Porque as mães choram?




Recebi recentemente uma mensagem com o título: “Porque as mães gritam?”, a mensagem tinha o cunho humorístico, engraçado e trazia cenas que, aparentemente, só se fazia rir!  Mas ao analisar com mais profundidade a mensagem, as mães, principais responsáveis pela construção da sociedade, com diversos coadjuvantes, têm motivos de sobra para se desesperarem, bem como todos nós cidadãos conscientes, que atuamos na sociedade, com mais ou menos intensidade...

Aquele ser que a mãe carrega em seu ventre por nove meses, que a faz engordar, inchar, ficar enorme, sentir enjôos, mas a deixa extremamente feliz com a possibilidade de estender a sua vida à criatura que prematuramente ama mais que tudo na vida, e que muitas das vezes não percorre o caminho esperado e desejado por ela, pois que o mundo é repleto de armadilhas e cantos de sereia...

Mas enfim, a mulher nasce, cresce, procria, se desenvolve, estuda, sofre, passa fome ou não, pois tudo depende de sua situação, situação essa de como chegou ao mundo...  nós como seres racionais perambulamos pela vida tentando desenvolver tudo que aprendemos desde que fomos intitulados cidadãos, mas no meio do caminho existe uma pedra, tropeçamos e levantamos, sujamo-nos um pouco, mas nos limpamos rapidamente e seguimos adiante, que existe outra pedra e outra e outra e acabamos por nos acostumar com as pedras do caminho e a utilizá-las como aprendizagem nas superações de problemas, que a vida ao longo do tempo apresenta, pois é assim que deveria ser, mas nem sempre é.

Depende de vários fatores para se analisar e de como reage um indivíduo em detrimento do outro. Uns se acomodam no sistema complexo que é a vida e outros lutam desesperadamente para não ser engolidos por ela, se rebelam... Nasce daí as diferenças de reações por indivíduos, uns seguem calmamente os ensinamentos que são introduzidos pelos seus e outros seguem avidamente o que lhe convém destroçando os corações dos que os amam, pois que muita das vezes as atitudes não favorecem os conhecimentos adquiridos pela cultura e ensinamentos conquistados.

Porque as mães gritam? Ás vezes a dor é muito forte que não cabe em seu peito, não cabe em sua mente, em seu coração, é tudo muito difícil, como entender aquele filho que trilhou caminhos diversos do esperado? Como ver um filho sofrendo represália e sanção por um erro cometido? Como vê-lo desviando-se do seu amor? Mesmo com todo amor, conselhos salutares e bons exemplos nesse mundo cheio de oportunidades fáceis, brilhos fantasiosos, onde se tombam os mais fracos sob influência dos manipuladores de mente desavisada.

Um grito silencioso de uma mulher mãe paira no ar! Para onde estamos indo? Para onde caminha a humanidade? Em que lugar está sendo descartados os valores? Quanto está valendo o amor e o exemplo de mãe? O que vale mais, o imediatismo fugaz ou a paz de consciência por uma vida inteira? São perguntas que não merecem uma resposta coletiva, mas individual e sincera, enquanto estendemos um olhar sobre nossas lembranças a respeito de nossa mãe e refletirmos se ela realmente merece sofrer por nossos desatinos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário