sábado, 28 de maio de 2011

Você é soma de que?

 

Segundo teóricos a humanidade tenderá a se organizar cada vez menos em padrões formais e hierárquicos e a valorizar mais o aprendizado cooperativo e a inteligência coletiva como nova forma de organização. Acredito que já utilizamos o aprendizado cooperativo e a inteligência coletiva desde há muito. Creio ainda que a tecnologia vem acelerar, acumular e harmonizar mais o que já vimos fazendo desde que somos homo sapiens, embora nesse mundo moderno estejamos nos distanciando do campo de nossas emoções..
Segundo o jornalista Davi Roballo “(...) culturalmente não há como sermos nós por nós mesmos. Parafraseando Shakespeare, há mais de nossos pais em nós do que supomos. Nossa personalidade é um complexo multifacetado de experiências alheias, isto é, somos como mel que não consegue ser mel por si só, mas, néctar de milhões de diferentes flores”. E o que é isso se não inteligência coletiva?
A inteligência coletiva está em tudo, no entanto, ainda somos seres incompletos. Ainda de acordo com o autor, “(...) vivemos adquirindo experiências por que somos contínuos, uma construção sem fim, por isso buscamos os outros para preencher a imensidão do deserto que há em nós. E nessa imensidão somos ermos de nós mesmos, justamente por sermos um cabedal de experiências alheias”.
E quando nos deparamos conosco mesmo, com o cotidiano, com nossos laços afetivos, com o exercício de nossa profissão, com o nascer e por do sol é que brota a inquietação interna, que viaja pelo nosso corpo, passa pelo coração, bombando a mil e explode no cérebro, (frágil no tumulto da vida, essa vida coletiva), fica muitas das vezes sem saber que atitude tomar. Surge daí o que chamamos de doença do século, a depressão e o mau uso da inteligência coletiva parece ter criado esse mal.
Questionamos qual a melhor maneira de agirmos nesse mundo onde se camufla ações, valores, princípios, onde tudo é virtual, até o caráter. Como preparar nossas crianças, essas que atuarão na sociedade, diante do que presenciamos no dia a dia? Como dizer de justiça social, num mundo tão desigual? Será que nossa inteligência coletiva é utilitarista com máscara de cooperativista?
Preconceito, discriminação, quando nos noticiários aparecem absurdos de linchamentos aos moradores de rua, aos homossexuais, negros, índios. Como dizer de honestidade, segurança, se tudo o que presenciamos são manipulações dos fortes sobre os mais fracos, dos desavisados sobre os mais astutos? É muito difícil sermos essa somatória de tudo, mas como escaparmos diante desses fatos? Como avançarmos pela vida buscando sobrevivência e experiências que nos leve para um mundo mais humano? Como? Infelizmente não há escolha, pois, de uma forma direta ou indireta somos parte disso tudo.
A inteligência coletiva desde há muito vem sendo mal utilizada e desde então está desenhando nosso fim. Desigualdade, superpopulação, abuso de inseticidas, herbicidas, poluição, desmatamento. Todos esses acontecimentos são conseqüência do homem, que corre alucinado tentando dar conta do recado de alimentar a boca e os desejos de uma multidão nunca antes vista pela Terra, comportando-se como um pai de família que embriagado gasta todo o salário do mês, e sóbrio se desespera e começa a vender o que tem dentro de casa.
Não há como negar que essa mesma inteligência coletiva fez com que atingíssemos elevados índices de progresso intelectual, material e político, no entanto, tem nos feito adoecer mentalmente, pois a obsessão e o delírio pelo trabalho em exagero tem iludido o homem de que só trabalhando muito se pode financiar o prazer, quando na verdade vem mesmo é sabotar e sacrificar a segurança interior que é a nossa felicidade e como conseqüência nasce a depressão e os outros males psíquicos desses novos tempos. Pense Nisso!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Porque as mães choram?




Recebi recentemente uma mensagem com o título: “Porque as mães gritam?”, a mensagem tinha o cunho humorístico, engraçado e trazia cenas que, aparentemente, só se fazia rir!  Mas ao analisar com mais profundidade a mensagem, as mães, principais responsáveis pela construção da sociedade, com diversos coadjuvantes, têm motivos de sobra para se desesperarem, bem como todos nós cidadãos conscientes, que atuamos na sociedade, com mais ou menos intensidade...

Aquele ser que a mãe carrega em seu ventre por nove meses, que a faz engordar, inchar, ficar enorme, sentir enjôos, mas a deixa extremamente feliz com a possibilidade de estender a sua vida à criatura que prematuramente ama mais que tudo na vida, e que muitas das vezes não percorre o caminho esperado e desejado por ela, pois que o mundo é repleto de armadilhas e cantos de sereia...

Mas enfim, a mulher nasce, cresce, procria, se desenvolve, estuda, sofre, passa fome ou não, pois tudo depende de sua situação, situação essa de como chegou ao mundo...  nós como seres racionais perambulamos pela vida tentando desenvolver tudo que aprendemos desde que fomos intitulados cidadãos, mas no meio do caminho existe uma pedra, tropeçamos e levantamos, sujamo-nos um pouco, mas nos limpamos rapidamente e seguimos adiante, que existe outra pedra e outra e outra e acabamos por nos acostumar com as pedras do caminho e a utilizá-las como aprendizagem nas superações de problemas, que a vida ao longo do tempo apresenta, pois é assim que deveria ser, mas nem sempre é.

Depende de vários fatores para se analisar e de como reage um indivíduo em detrimento do outro. Uns se acomodam no sistema complexo que é a vida e outros lutam desesperadamente para não ser engolidos por ela, se rebelam... Nasce daí as diferenças de reações por indivíduos, uns seguem calmamente os ensinamentos que são introduzidos pelos seus e outros seguem avidamente o que lhe convém destroçando os corações dos que os amam, pois que muita das vezes as atitudes não favorecem os conhecimentos adquiridos pela cultura e ensinamentos conquistados.

Porque as mães gritam? Ás vezes a dor é muito forte que não cabe em seu peito, não cabe em sua mente, em seu coração, é tudo muito difícil, como entender aquele filho que trilhou caminhos diversos do esperado? Como ver um filho sofrendo represália e sanção por um erro cometido? Como vê-lo desviando-se do seu amor? Mesmo com todo amor, conselhos salutares e bons exemplos nesse mundo cheio de oportunidades fáceis, brilhos fantasiosos, onde se tombam os mais fracos sob influência dos manipuladores de mente desavisada.

Um grito silencioso de uma mulher mãe paira no ar! Para onde estamos indo? Para onde caminha a humanidade? Em que lugar está sendo descartados os valores? Quanto está valendo o amor e o exemplo de mãe? O que vale mais, o imediatismo fugaz ou a paz de consciência por uma vida inteira? São perguntas que não merecem uma resposta coletiva, mas individual e sincera, enquanto estendemos um olhar sobre nossas lembranças a respeito de nossa mãe e refletirmos se ela realmente merece sofrer por nossos desatinos...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A maquiagem do Brasil





 “Minta, e minta muito e sempre, que a mentira se transformará em realidade” Goebbels Ministro da Propaganda Nazista

Está sendo veiculado na mídia nacional uma propaganda do governo federal onde a atual Presidenta Dilma e o ex Presidente Lula, falam da possibilidade da acabar com a miséria.

 O que se pensava de acordo com as informações de campanha eleitoral, era que no Brasil não existia mais povo miserável. Que os Programas de Benefícios do governo, estava cobrindo todas as necessidades da população em situação de vulnerabilidade social. O país apresentado era aquele país de nossos sonhos, com a economia crescendo, direitos humanos respeitados, educação para todos! 

Mas o que se veicula também pela mídia nacional é sistema de saúde precário, falcatrua no PROUNI, má qualidade da merenda escolar, inflação crescendo, sem contar com a violência gerada pela desigualdade social, por falhas de autoridades competentes, pela impunidade, por uma aplicação de leis por demais tendenciosas, aonde um ladrão de galinhas vai para o xilindró e o que arromba os cofres públicos tirando da boca de crianças, idosos e famílias inteiras o seu sustento, fica em liberdade e muitas das vezes ocupando cargos em defesa das pessoas!

Seria cômico se não fosse trágico. Criminosos de colarinho branco, que posam de bons mocinhos, que voltam ás urnas e saem eleitos pela ignorância de um povo faminto, que tem fome de tudo um pouco, até de um prato de feijão! É como dizia Goebbels ministro da propaganda nazista: minta, minta muito, até que você próprio acredite na própria mentira.

A maquiagem feita no Brasil durante campanha eleitoral, não é a realidade do Brasil de cara limpa, dados estatísticos apresentados pelo IBGE, mostram um percentual elevado de pobreza, onde 8,5% da população brasileira vivem na extrema pobreza, 53,3% vivem nas cidades, 26,1% são brancos, 69,8% são pardos ou negros,39,95 tem no máximo até 14 anos, 50,9% tem no máximo até 19 anos de idade. E ainda 4.8 milhões de brasileiros não tem nenhuma fonte de renda.

 É o nosso vasto Brasil mostrando a sua cara, e nós aqui em nosso município imersos em buracos, crateras, tentando sair de uma tremenda ressaca de uma vergonhosa política!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Feliz dia das mães


O dia das mães, no Brasil, foi criado por Getúlio Vargas em 1932, através do decreto nº 21.366. Desde então muitos caminhos foram percorridos, dias de comemorações familiares, íntimas, calorosas, amorosas, religiosas e a mulher soberana, como “rainha do lar” nesse lapso de tempo de um dia!
Cogitou-se por muito tempo, através de poesias e textos que: ser mãe é padecer no paraíso! Que sábias palavras, pois a mulher mãe realmente padece em um paraíso criado para ela própria no imaginário coletivo, enquanto o produto se seu ventre perambula pela vida desviando muitas das vezes do ideal e sonhos projetados no âmago da mulher, que cumpre sua função social da reprodução. Função essa que passa despercebida da maioria das pessoas e até da própria mulher, que no romantismo da vida e dos chamados apelativos da sociedade sacrificam-se ao longo de suas vidas em prol de outras.
A essas mulheres que apesar das canseiras, dores e trabalhos riem felizes, disfarçando o cansaço de um dia múltiplo de tarefas, em jornadas de trabalho distribuídas em turnos estressantes. Nessa sociedade onde se exige muito, tudo de todos, tem a mulher o desejo de conquistar o seu espaço, e é para elas que dedicamos a nossa homenagem hoje!
A mãe menina que ainda sonha uma vida infantil  e embala um desejo vigoroso de defender com valentia o seu rebento! A mãe, que ao seu tempo dedica-se tanto à vida profissional quanto à maternidade, se desdobrando nessa trajetória traçada pela vida. A mãe que perdeu o seu filho, bem antes de sequer pensar ela em partir, deixando um vazio em sua existência, ou os vêem “perder-se” nos perigos inúmeros da sociedade violenta e desumana em que vivemos.
A mãe avó que balança-se na cadeira tendo o olhar distante, enquanto que a brisa bate em seus brancos cabelos e beija sua face onde o tempo cavou seus sulcos por onde tantas lágrimas de dor, de alegria correram. E hoje as mãos tremulas que há muito, trocaram, banharam, alimentaram, ninaram os filhos, acariciam os netos. É a velha mãe que virou avó e devido a sabedoria acumulada mais pensa e do que fala.
A mãe de afeto, aquela que não pariu a carne, mas sente-se mãe mais do que tudo. Pois, para ser mãe não basta parir é preciso abraçar o sacerdócio, a missão de encaminhar um ente na vida, com a consciência de não ser apenas mãe, mas mulher que tem a grave responsabilidade de ser o esteio de uma casa, de um lar, pelo qual tudo dá, tudo faz, nada pede, muitas vezes nem mesmo a compreensão por tamanho altruísmo, pois tudo realiza em prol dos filhos para maior glória da família.
A você mulher mãe de todos os tempos que sabe valorizar o dom da vida, rendemos a mais sincera homenagem com todo o carinho: FELIZ DIA DAS MÃES!