Entre o céu e o inferno paira a nossa cabeça, que acumula através de toda a vida experiências e modo de se viver. Nesse longo percurso em que vamos assimilando o conhecimento e vestindo as armaduras para o enfrentamento desse processo do aprendizado, verificamos, se fizermos uma análise profunda, que somos a construção de um todo.
Somos o que nossos pais, primeiros educadores, nos incutiram de valores morais e religiosos, somos o que a sociedade espacial e temporal é, com seus defeitos, anseios e crueldade, somos o que o sistema político governamental queira que sejamos, somos o que a cultura de um povo vivencia, somos frutos da educação formal na qual somos inseridos desde a mais tenra idade...
Constatamos enfim que somos um conjunto, uma salada mista de tudo que ocorre a nossa volta. Todos nós passamos por esse mecanismo coletivo de aprendizado, uns assimilam de uma forma, outros de outra forma, é como se a vida fosse um grande banquete, e fossemos convidados a participar do mesmo. Par alguns, determinados sabores lhes apetecem mais, para outros diferentes sabores, uns pegam daqui, outros dali... Assim é a vida em sua totalidade, vivemos e assimilamos experiências como indivíduos únicos, embora esteja o banquete oferecido, somos nós que escolhemos o que comer...
Portanto, quando você se deparar com uma criança ávida de carinho e de conhecimento, pense, reflita no que você está oferecendo para esse individuo, quais são os valores e exemplos transmitidos para a formação dessa pessoa para a sua contribuição com o coletivo, pois que ninguém consegue se isolar definitivamente dos seus iguais.
Recentemente fomos alertados da forma mais cruel do resultado e dos estragos causados por uma má formação educacional e afetiva, pelo isolamento forçado por falta de empatia de uma pessoa com o seu grupo, pelo desespero de uma vida solitária, pela falta de preparo das pessoas que conviviam com essa pessoa para detectar o problema de saúde e providenciar o tratamento. Foi o fatídico caso do Realengo.
Poderia ter sido evitado? Dizem os psicólogos que possivelmente sim, se a pessoa que cometeu esse crime bárbaro tivesse atendimento terapêutico, se fosse medicado, se tivesse uma vida normal, se não sofresse bulliyng, se... Onde está o erro e de quem é a culpa? Dulce Critelli, professora de Filosofia da PUC-SP diz “que talvez tenhamos que entender nas ações humanas aquilo que atua contra a própria ação humana e criar um índice para entendermos o que é crime”.
Poderia ter sido evitado? Dizem os psicólogos que possivelmente sim, se a pessoa que cometeu esse crime bárbaro tivesse atendimento terapêutico, se fosse medicado, se tivesse uma vida normal, se não sofresse bulliyng, se... Onde está o erro e de quem é a culpa? Dulce Critelli, professora de Filosofia da PUC-SP diz “que talvez tenhamos que entender nas ações humanas aquilo que atua contra a própria ação humana e criar um índice para entendermos o que é crime”.
Então você já fez a sua boa ação hoje? Aquela verdadeira, sem máscara, sem vaidade e preconceito? Já olhou a sua volta para ver quem compartilha com você o seu dia, a sua vida? Consegue ver os transeuntes e ler em seus semblantes, as vezes carregados, as vezes tristes, enraivecidos, apavorados, e quem sabe as vezes felizes? Tal é a composição de nossa sociedade. O que fez você hoje? Sorriu para alguém, olhou para o gari que limpa a rua, recolhe o seu lixo? Beijou seu filho, disse que o ama? Olhou a flor do seu jardim? Admirou o sol quentinho de ontem e a chuva de hoje? Esse ano já presenciou um por de sol? Olhou para você mesmo e procurou refletir suas ações cotidianas?
Não basta passar pela vida, julgar pessoas, analisar superficialmente ações, precisamos nos conscientizar da grande importância de nossa contribuição para a formação da sociedade, pois ela está em nós e nós estamos inseridos nela. Somos nós que a formamos com seus valores, crenças e credos, somos nós que a criamos, somos nós que construímos anjos e demônios! Isto é, a responsabilidade pelos descaminhos e sucesso de uma sociedade é de todos que a compõem.
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