Em algum lugar do passado nós procuramos revirar os sentimentos guardados como fruto da formação da personalidade do que hoje somos! Nostalgia, ou algo que deseja procurar e que está escondidinho em algum lugar.... Na busca, em reflexões sobre a vida indagamos: e se eu pudesse viver a vida novamente? Como seria? Existe uma mensagem que circula pela internet que traz em seu teor o seguinte: “se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros, cometeria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres”.
Essa vida que nos desafia nos enfrenta e nos mostra as turbulências da dia-a-dia como forma de aprendizado, às vezes nos retém em um espaço torturante em que o cotidiano nos devora. Devemos nos perguntar, se eu pudesse viver a minha novamente, eu quereria vive-la do mesmo jeito que vivi? Com meus desenganos, fracassos e equívocos? Conviver com todas as pessoas que me fizeram crescer pela dor? Sem esquecer das que partilharam comigo na construção do que chamamos de vida e que me amaram na compreensão...e me ajudaram no crescimento da própria existência? E os dias vão passando, primavera, verão, outono, inverno... muitos carnavais, janeiros.
Algumas pessoas dizem que sentir-se velho é um estado de espírito, outros, que se trata apenas de um fator biológico, na verdade na medida em que os anos vão passando e experiências vão se acumulando, passamos a enxergar a vida de uma forma mais verdadeira e intensa com a percepção aguçada daqueles que muito viveram e que hoje trazem na memória toda a trajetória dessa vida construída passo a passo.
Portanto não percamos tempo, só temos o momento, pois é desse momento que viveremos o futuro é daqui que buscaremos nas lembranças o nosso ser e a nossa vida, poderemos nos jubilar, sentir uma paz imensa das lembranças trazidas, ou poderemos chorar e lamentar o tempo perdido, em algum lugar do passado, e nas lamurias lembrar que poderíamos ter amado mais, presenciado mais entardeceres, sorrido mais, errado mais, enfim vivido mais!
Se pararmos para analisar nossa vida, concluiremos que apesar das dificuldades e sacrifícios há como sermos felizes. Basta para isso nos livrarmos da pressão por status que a sociedade nos impõe, do consumismo apelativo do mercado, das vaidades, pois tudo isso, no fundo é banal, é passageiro, são rapinas que roubam e sequestram nossos mais preciosos momentos, onde nos perdemos do caminho da felicidade em busca de coisas supérfluas e esquecemos muitas vezes até mesmo quem somos.
Não nos damos conta, mas muitas vezes em busca de um lugar ao sol -principalmente na juventude- buscamos imitar, espelhar-se em outros e sem perceber cometemos dois erros crassos: quem imita o que é mau vai além do exemplo e quem tenta imitar o que é bom fica a quem do exemplo copiado. Ser autentico, principalmente para consigo mesmo é construir os próprios degraus da existência e os tombos e tempestades da vida nada mais são do que lapidadores de nossa personalidade.
Vivemos, trabalhamos e nos socializamos em busca da felicidade, no entanto não nos damos conta de que ela jaz dentro de nós aguardando a oportunidade de nos desvestirmos de todos os medos, preconceitos e ilusões. Pena que isso só ocorra quando a vida percorre suas ultimas esquinas, quando o amor, a tranquilidade e a sabedoria se traduzem numa única palavra: amadurecimento, o amor verdadeiro pela vida.
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