Estávamos eu e mais duas pessoas em um mercado da cidade e presenciamos uma situação bastante entristecedora, um senhor com mais ou menos 65 anos de idade, escondia em seu corpo barras de chocolate! Qual a razão desse senhor sexagenário aparentemente honesto e trabalhador, realizar tal fato? Por que motivo ele esconderia barras de chocolate, furtando algo que não lhe pertence?
Período bastante propício para refletirmos sobre nossos conceitos das datas comemorativas. De tempos em tempos é uma parafernália de coisas que introduzem em nossa mente, nos deixando à mercê do consumismo. Pessoas se endividam nas prestações a perder de vista, para atender ao apelo das maravilhosas propagandas, alguns cometem até o disparate de colocar furtivamente o pedido da vez em baixo da camisa, dentro da bolsa, tal é o chamamento para o desfrute da bola da vez, ser como todos e usufruir do consumo.
Agora estamos no período da Páscoa, Semana Santa, onde se comemora o que mesmo? Perderam-se os valores, e os conceitos religiosos multifacetaram-se, pois que, multiplicaram-se as denominações religiosas cristãs e a originalidade das mesmas, dividindo-se em diversas interpretações da literatura base do cristianismo, deixando o indivíduo despreparado, confuso, sem saber qual linha seguir, qual o melhor ensinamento.
Nessa Era Tecnológica, aonde se vai para diversas direções e onde o senso apelativo, distorce os valores, cada qual procurando arrebanhar o maior número de adeptos, deixa realmente famintos aqueles que têm fome de conhecimento, fome de afeto, aquele que está em busca de algo concreto, onde essa ansiedade coletiva, que gera a doença do século: DEPRESSÃO! Se desfaça, onde esse mundo utópico de igualdade social e direito, dignidade para todos seja realmente verdadeiro.
Você tem fome de que?
“A gente não quer só comida, quer comida, diversão e arte”. Quer uma vida onde em toda parte reine a paz, a irmandade, onde não se mate e nem haja descriminação em nome do Cristo, onde não haja guerras, ambições, vaidades, onde o amor impere sobre o egoísmo e a caridade seja a concretude do amor, abstrato e concreto se unindo para a transformação da sociedade, neste nosso lindo mundo azul! Onde realmente sejamos cristãos de verdade e não por conveniências.