terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tempos de reflexão III


Os dias passam, o fim do ano se aproxima, é época de formular novos planos para o ano que chega. Festas, comemorações, alegrias, trocas de presentes... Mas, devemos ter o cuidado de não deixar que o mais importante de tudo fique esquecido, mergulhado no álcool, atolado na gula, isto é, o recolhimento espiritual do ser e a reflexão sobre mais um ciclo de tempo que passou, que nos envelheceu, tempo que não volta mais... a oportunidade de nos autoavaliarmos, de nos corrigirmos,  de apararmos as arestas, pois esse mesmo ciclo de tempo que termina e deixa seu rastro grisalho em nossos cabelos, nos mostra diuturnamente que não somos perfeitos.
Ao nos aproximarmos das festas de fim de ano nosso coração é invadido pela magia universal e torna-se mais macio, mais caloroso apontando para as oportunidades de reconciliação, de amar, de estender a mão à outra mão que tem frio, fome e desespero... Mas, mesmo assim, ultimamente parece que estamos muito ocupados com outras coisas, pois, há momentos em que as coisas do coração parecem ter perdido seu valor. Sejamos fortes! para que o bem continue a ser vencedor... vamos visitar aquele irmão que não conversamos há anos, aquele pai , aquela mãe que um dia brigamos e o amigo que por uma tolice deixamos na incompreensão...
O ano passa e nasce outra vez para que possamos avaliá-lo e nos autoavaliarmos. É oportunidade de vermos que o amor sempre foi o responsável por nossas vitórias mesmo quando nossas dores pareciam não ter mais solução. E que a sua ausência foi o que nos proporcionou as quedas que tivemos e as amarguras que obtivemos por ainda sermos um tanto imperfeitos, pois, “ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine”.
Dias sucederam dias e cá estamos novamente exauridos pelas brigas, pelos desentendimentos profissionais e familiares, pelas questões humanas, pelos obstáculos que transpomos. E a vida se renova alicerçada nas vitórias que obtivemos, pelos bons trabalhos que executamos, pelos amigos que apoiamos, pelas novas amizades que construímos, pois, é natal e a magia nos invade e renascemos nas cinzas do ontem apontando otimistas para os dias de amanhã.
A vida nos proporciona diversas oportunidades de sermos bons ou ruins, de caminharmos por caminhos tortuosos ou não, de nos atormentarmos pela vitoria do outro ou construirmos nossas próprias vitórias, perdemos muito tempo olhando o que o outro fez! E você? O que você fez? Isso importa muito para nossa paz de espírito, para a suavidade de nosso ser, de nossa integridade, para a chamada transparência do ser, para construirmos a insustentável leveza que temos que nos promete a felicidade, ah! Essa felicidade cantada em versos e em prosa, almejada por todos nós e que na correria do dia a dia a perdemos e quando tentamos encontra-la, ela se acha perdida num labirinto de difícil acesso!
Portanto, benditos sejam os finais de ano, para que no intervalo de um ano para outro, possamos nos encontrar conosco mesmo, com nossas deficiências, com nossas qualidades, com as oportunidades de melhoria, com as pessoas queridas e com Deus!

Nenhum comentário:

Postar um comentário