quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Dourados: 2011, a volta por cima!


Mais um ano chega o fim! Luzes acesas em todos os lares, festas, sorrisos; movimento constante nas ruas, no comercio, abraços, confraternizações, troca de presentes, amigo secreto... seria tudo normal, pois, se finda mais um ano. Mas para nós douradenses, QUE ANO!
Dourados vivenciou em 2010 a sua mais intensa prova, ficou órfão politicamente- sem prefeito, vice, presidente da câmara e mais oito vereadores. Quem iria imaginar, nos tempos idos, que a cidade passaria pelo vendaval que passou.
Desde quando os pioneiros aqui chegaram dos sul e outros rincões do país atraídos pela terra produtiva, que mostra sua pujança na cor, passamos por diversas fases até que no dia 20 de dezembro de 1935 conquistamos a nossa emancipação política administrativa. Mais adiante fomos denominados de “cidade modelo”, pois, Dourados foi vista como uma cidade planejada com largas avenidas e bairros bem distribuídos, permitindo um trânsito tranquilo como é seu povo.
Hoje Dourados conquistou o status da segunda maior cidade do MS e busca freneticamente manter a postura de cidade de grande porte, com a vinda do shopping, hotéis, centro de convenções, reformulação do aeroporto, industrias. A cidade caminha. Embora tenhamos vivido o período mais vergonhoso e triste da história o povo douradense mostra que está sacudindo a poeira e busca dar a volta por cima. É assim que vemos e acreditamos. Tudo passa, e das cinzas como renasceu a ave Fenix, Dourados em 2011 renascerá mais forte e bela.
Parabéns Dourados pelos 75 anos. Em 2011 tudo será diferente, um recomeço de cabeça erguida, fé no futuro e amor no coração, pois, em teu solo existem pessoas de bem que te amam, que pensam e lutam entre glórias e sacrifícios para que a cada aniversário possas crescer e crescer e transformar-se não só em uma grande metrópole, mas em uma cidade mais humana, justa e saudável de se viver.

Crack: 20 anos destruindo vidas no Brasil


Em 2010, o uso do CRACK no Brasil, especificamente em São Paulo, completou 20 anos. Derivado da cocaína chegou ao país na década de noventa e por ser uma droga barata passou a ser consumida apenas nas periferias das grandes cidades, especialmente nas classes de maior vulnerabilidade social. Após 20 anos a droga literalmente se alastrou por todas as classes sociais e por todas as faixas etárias, não é mais de uso exclusivo de adolescentes, pois, entrou também no mundo dos adultos. O CRACK devido a sua popularidade se alastrou tanto que pode ser encontrado também nas pequenas cidades.
No início dos anos 2000, instituições ligadas à infância e a imprensa anunciaram uma provável redução do consumo em São Paulo, parecia que o problema do CRACK se reduziria, o oposto aconteceu, o consumo dobrou, como mostrou o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (CEBRID) através de levantamentos domiciliares realizados em 2001 e 2005. O motivo dos usuários para o consumo também se alteraram, em meados dos anos noventa, “a busca por sensação de prazer” era a justificativa da maioria. No final da mesma década, o consumo era estimulado pela compulsão, dependência ou como forma de lidar com problemas familiares e frustrações.
O avanço do uso de CRACK tem preocupado cada vez mais os profissionais da saúde no Brasil. Droga relativamente barata, seu uso tem se difundido rapidamente. É uma droga muito destrutiva, ocasionando danos graves em seus usuários. Tem destruído a vida de muitas pessoas, principalmente jovens e abalado fortemente os familiares.
O aumento rápido do número de dependente do CRACK vem multiplicando muito esse fenômeno que se soma às demais consequências funestas físicas, mentais, comportamentais, sociais e financeiras. O sistema de saúde foi pego desarmado para enfrentar de maneira eficiente esta demanda. Qualquer sistema tem tido dificuldade. Neste momento, algumas medidas iniciais começam aparecer. É necessário assumir, entretanto, que neste caso as medidas devem ser mais rápidas. Não há tempo para esperar. A ameaça já é grande.
Nossa sociedade passa por este desafio e a união dos esforços é que farão a diferença na contribuição para encontrar meios eficientes de minorar os problemas graves decorrente da disseminação desta droga. Em nossa cidade a ajuda das Entidades não Governamentais estão sendo de grande valia, porém, o poder público precisa estar atento para a demanda que existe em nosso município, precisamos de ações mais consistentes na busca do enfrentamento do CRACK, dos focos de distribuição, do trabalho preventivo com centralidade na família, na educação, na cultura, além de integrar melhor a rede existente de combate e tratamento, incluindo um melhor entrosamento entre a rede pública e os grupos de autoajuda. Ações aparentemente simples, baratas eficazes que poderão alterar positivamente o atendimento ao dependente químico.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tempos de reflexão III


Os dias passam, o fim do ano se aproxima, é época de formular novos planos para o ano que chega. Festas, comemorações, alegrias, trocas de presentes... Mas, devemos ter o cuidado de não deixar que o mais importante de tudo fique esquecido, mergulhado no álcool, atolado na gula, isto é, o recolhimento espiritual do ser e a reflexão sobre mais um ciclo de tempo que passou, que nos envelheceu, tempo que não volta mais... a oportunidade de nos autoavaliarmos, de nos corrigirmos,  de apararmos as arestas, pois esse mesmo ciclo de tempo que termina e deixa seu rastro grisalho em nossos cabelos, nos mostra diuturnamente que não somos perfeitos.
Ao nos aproximarmos das festas de fim de ano nosso coração é invadido pela magia universal e torna-se mais macio, mais caloroso apontando para as oportunidades de reconciliação, de amar, de estender a mão à outra mão que tem frio, fome e desespero... Mas, mesmo assim, ultimamente parece que estamos muito ocupados com outras coisas, pois, há momentos em que as coisas do coração parecem ter perdido seu valor. Sejamos fortes! para que o bem continue a ser vencedor... vamos visitar aquele irmão que não conversamos há anos, aquele pai , aquela mãe que um dia brigamos e o amigo que por uma tolice deixamos na incompreensão...
O ano passa e nasce outra vez para que possamos avaliá-lo e nos autoavaliarmos. É oportunidade de vermos que o amor sempre foi o responsável por nossas vitórias mesmo quando nossas dores pareciam não ter mais solução. E que a sua ausência foi o que nos proporcionou as quedas que tivemos e as amarguras que obtivemos por ainda sermos um tanto imperfeitos, pois, “ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine”.
Dias sucederam dias e cá estamos novamente exauridos pelas brigas, pelos desentendimentos profissionais e familiares, pelas questões humanas, pelos obstáculos que transpomos. E a vida se renova alicerçada nas vitórias que obtivemos, pelos bons trabalhos que executamos, pelos amigos que apoiamos, pelas novas amizades que construímos, pois, é natal e a magia nos invade e renascemos nas cinzas do ontem apontando otimistas para os dias de amanhã.
A vida nos proporciona diversas oportunidades de sermos bons ou ruins, de caminharmos por caminhos tortuosos ou não, de nos atormentarmos pela vitoria do outro ou construirmos nossas próprias vitórias, perdemos muito tempo olhando o que o outro fez! E você? O que você fez? Isso importa muito para nossa paz de espírito, para a suavidade de nosso ser, de nossa integridade, para a chamada transparência do ser, para construirmos a insustentável leveza que temos que nos promete a felicidade, ah! Essa felicidade cantada em versos e em prosa, almejada por todos nós e que na correria do dia a dia a perdemos e quando tentamos encontra-la, ela se acha perdida num labirinto de difícil acesso!
Portanto, benditos sejam os finais de ano, para que no intervalo de um ano para outro, possamos nos encontrar conosco mesmo, com nossas deficiências, com nossas qualidades, com as oportunidades de melhoria, com as pessoas queridas e com Deus!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tempos de reflexão II


Só quem não é douradense pode esquecer e não mencionar os feitos e a saudade do radialista Jorge Antonio Salomão.... A rádio Club em seus tempos áureos foi palco de muita discussão. Entrevistas e assuntos de diversas ordens e serviços eram discutidos em seus programas...

Sempre que ouço conceituados radialistas que começaram com ele, lembro-me desse cidadão que muito contribuiu com a comunicação em nossa cidade, fato constatado pelos douradenses natos. Alegro-me ao lembrar dessa figura pragmática e cativante, quando sorridente nos recebia em seu local de trabalho para nos entrevistar e aí tem histórias variadas para contar!

Vou lhes contar uma entre tantas: quando ainda adolescente participamos do primeiro campeonato municipal de jogos estudantis na antiga AABB, onde hoje é o SESC, lembro-me como se fosse hoje, as arquibancadas de madeira lotadas e as torcidas entusiasmadas estremeciam o local e por nosso esforço e de nosso técnico Sultan Rasslam, fomos os primeiros campeões desses jogos, (os troféus estão na galeria da escola Presidente Vargas, o Estadual), onde íamos comemorar? Na rádio Club, que orgulhosos de nosso feito éramos entrevistados pelo radialista Jorge Antonio.

Depois crescemos, de adolescentes eufóricos viramos profissionais compromissados pela causa em que lutávamos, quem nos recebia, com a mesma forma carinhosa? O radialista Jorge Antonio...como não lembrar e como não nos emocionar diante de uma pessoa importante na nossa trajetória de vida, quanto ao fato de nos oportunizar a comunicação e incentivar naquilo em que fazemos para a realização de uma sociedade mais justa e igualitária.

Jorge Antonio Salomão além de um ícone na comunicação douradense se fez marcante na vida de gerações de douradenses que recordam dele de forma carinhosa. Ao Sr. Jorge um abraço que toda minha força espiritual permite, pois sei que ele, onde estiver, estará sorrindo.