terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A rua, Minha casa


No século em que se fala e se vive a era da globalização, dos avanços tecnológicos, da medicina, das formas de livre expressão religiosa, credos e crenças, supomos que caminhamos a passos largos para o progresso e para a vida plena! Quanto ingênuo somos ou quanto cruéis somos. Pois construímos uma sociedade dicotômica, exacerbada em seu egoísmo e orgulho, enquanto marcha célere rumo a uma realidade por demais insensata e destruidora. Digo que à beira de um mundo utópico, frio e calculista, diferem-se os modos de vida! Enquanto uns fartam-se na bonança e nos desvarios das falcatruas, outros tem como seus lares a rua, a praça, a sarjeta...

Num país dito democrático, existem cidadãos impossibilitados de exercerem a sua cidadania, no que de mais representa esse exercício, o seu voto! Ainda penam sem teto, sem documento, sem lenço... Segundo o sociólogo Juraci Antonio de Oliveira, “os direitos humanos foram uma conquista ao longo da historia da civilização e que ainda hoje, em pleno século 21, é um campo que se encontra longe do consenso. O mesmo ocorre com status de cidadão. Poderíamos dizer que no limite, moradores de rua e tantos outros excluídos, são cidadãos, porem não são tratados como tal, não exercem seus direitos e deveres dentro dos padrões minimamente aceitáveis”.

Das metrópoles onde a quantidade desses brasileiros “sem identidade” é grande, também se encontram esparramados pelas pequenas cidades, isso mesmo, moradores em situação de rua, que preferimos não ver para não nos sentirmos culpados, fazemos, portanto “vistas grossas” e tornamos o cidadão morador de rua invisível, ignorando seu penar.

Faltam políticas públicas, saúde, abrigos, tratamento para dependentes químicos, falta amor e seriedade. Que Dourados após enfrentar um período de turbulência, descrença e dor, saiba realmente dar a volta por cima e que a nova administração pense na população como um todo, pois todos são sujeitos de direitos e se vivemos uma democracia, que seja plena!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Alerta contra AIDS




Com repercussão nacional e preocupação dos profissionais da saúde, a AIDS ressurge como discussão de ponta pela imprensa. Quando surgiu há 30 anos existiam os chamados grupos de riscos, como os homossexuais masculinos e os usuários de drogas injetáveis, era portanto chamada de doença gay, praga gay, etc...  Hoje o que existe é comportamento de risco, isso pressupõe que o problema se alastrou, mudou de cara e está em toda parte!

Das grandes metrópoles, onde era detectada a maior parte de contaminação, passou para pequenos municípios, sendo que hoje possivelmente não exista nenhum município brasileiro livre da doença.

Outro público que cresce consideravelmente é o da terceira idade, tendo em vista as possibilidades de entretenimento e o tratamento de saúde que oportuniza uma melhor qualidade de vida, a atividade sexual desse grupo se mantém ativa, tanto é que a contaminação está cada vez maior entre as pessoas com mais de 50 anos, principalmente mulheres.

Se em 1986, a proporção era de 15 homens para cada mulher com o vírus, em 2002 esse índice já havia aumentado de 15 para 10, conforme apontam dados do Ministério da Saúde.

Em Dourados existem 1307 pessoas vivendo com HIV/AIDS, distribuídos da seguinte forma: HIV-860, sendo 491 sexo masculino e 369 sexo feminino e AIDS- 447, sendo 218 sexo masculino e 229 sexo feminino. O que vemos é o número crescente de mulheres contaminadas e para controlar o aumento de casos entre mulheres, o governo federal criou em 2007 a campanha de feminilização contra a AIDS, por meio de um plano de enfrentamento à doença. Através de campanhas, de parcerias, de conscientização da população, espera-se que até 2015 comece, no Brasil a haver uma redução nos casos de AIDS.

Como vemos desde o surgimento da doença, houve progressos positivos e negativos, positivos os relacionados aos medicamentos, pois que no início uma pessoa contaminada com o vírus era sinônimo de morte, hoje fazendo uso da medicação vive-se bem, negativos é a proliferação da doença por todo território brasileiro, mostrando que no imaginário coletivo coisas ruins só acontece no vizinho, comigo não!

Portanto vamos nos prevenir, fazer uso do preservativo, ficar atentos a toda forma de prevenção e contribuir para que realmente comece a haver a redução nos casos de AIDS no Brasil!